quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

NUCREMA



O facto de até os dias de hoje em casa de familiares se usar todos os dias uns copos de vidro que foram comprados não num pack à dúzia mas um a um, fez-me recordar o creme NUCREMA.



Nos anos 80/90 existiam DOIS cremes de chocolate/avelã para barrar o pão: o Tulicreme e a Nucrema. O tulicreme vinha numa embalagem de plástico redonda, semelhante à da manteiga Planta na altura. O Nucrema vinha num copo de vidro com uma tampa plástica castanha ou branca.

E são esses copos de vidro que ainda hoje estão a uso!
Não sei porquê não se fala mais do copo quando recordamos o creme Nucrema.

Era fantástico (e um óptimo argumento para tentar convencer as nossas mães a comprar o creme), que depois de consumido o cacau de avelãs (o que não demorava muito) sobrasse um prático (e resistente) copo como "brinde". Podia-se sempre usar.
Copos que eram a embalagem do creme de cacau e avelãs

Ao ver aquela dúzia de copos no armário só consigo pensar na quantidade de doce que as crianças de 80 ingeriam. Quantos copos daqueles terei eu sido responsável por esvaziar? Ainda mais porque recordo que os últimos eram já deitados fora, por se achar que já existiam em demasia.

Nucrema e o seu saudoso anúncio com o refrão "Leite. Cacau. Avelãs e açúcar: Nucrema!" - numa altura em que colocar a palavra açúcar num anúncio não era tabu por aludir ao excesso de peso e a uma dieta demasiado doce. Chocolate em creme era uma regalia! Uma tentação. Uma delícia. Muito melhor o Nucrema, que surgiu depois do Tulicreme, cuja consistência era mais parecida com a manteiga. Ambos eram para ser barrados no pão mas muitas vezes eram comidos à colherada, ou ainda melhor, no dedo mesmo. Sabia ainda melhor passar o dedo no creme e lamber de seguida.